segunda-feira, 14 de junho de 2010

ALUNOS DA USP BLOQUEIAM FAIXA DA AVENIDA PAULISTA EM APOIO À GREVE DOS SERVIDORES

11.junho.2010
Por Carolina Stanisci e Carlos Lordelo


Sob um frio de 13 graus e um vento que deixava a sensação térmica ainda mais baixa, cerca de 40 alunos da USP fizeram nesta noite um protesto na Avenida Paulista para manifestar apoio à greve dos servidores da instituição.

O ato começou às 18 horas em frente à TV Gazeta, onde os estudantes estenderam faixas de repúdio ao reitor João Grandino Rodas e outras de exaltação à greve dos funcionários da USP e do Judiciário estadual.

Usando tambores e megafones, o grupo gritava palavras de ordem para quem passava pela Paulista e nos pontos de ônibus. “Que vergonha deve ser / deixar trabalhadores sem comer” era uma das músicas cantadas – e inventadas – pelos manifestantes.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), foram cortados 16 dias de pagamento de cerca de mil funcionários da prefeitura do câmpus e da Coordenadoria de Assistência Social (Coseas).

Os estudantes caminharam em direção ao prédio da Justiça Federal, mas não pela calçada. Preferiram ocupar uma das faixas da Paulista, prejudicando o já conturbado trânsito da capital. A Polícia Militar acompanhou o ato.

Durante cinco minutos, o grupo chegou a fechar toda a Avenida no sentido Consolação. Motoqueiros subiram na calçada para desviar dos manifestantes, enquanto os motoristas apertaram forte as buzinas de seus carros.

“Queremos que as pessoas saibam o que está acontecendo na USP. O reitor vai na imprensa e fala ‘Basta de greve’, mas esquece de falar que a USP está fechada à população”, disse a estudante do 5º ano de Ciências Sociais Paula Berbert, de 23 anos, referindo-se ao exame vestibular.

Assim como Paula, Luciana Machado, do 4º ano de Letras, também faz oposição à atual gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE), que não participou do ato. “O DCE vem tentando dialogar com o reitor sem denunciar as coisas que ele fez”, afirmou. “O DCE não está preocupado com a greve e com a ocupação da reitoria.”

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/ponto-edu/alunos-da-usp-fecham-avenida-paulista-em-apoio-a-greve-dos-servidores/

Protesto de estudantes na Av. Paulista em solidariedade aos trabalhdores grevista da USP

sexta-feira, 11 de junho de 2010

CONGRESSO FUNDA NOVA CENTRAL SINDICAL, POPULAR E ESTUDANTIL


Com a participação de 4.050 ativistas de todo o país, sendo 3.180 delegados e os outros na condição de observadores e convidados, o CONCLAT -Congresso Nacional da Classe Trabalhadora-, realizado nesse último domingo (6) na cidade de Santos-SP, fundou uma nova organização para a luta dos trabalhadores brasileiros: a Conlutas - Central Sindical e Popular, uma entidade que unifica os setores sindical, popular e estudantil.

Esta nova entidade já retorna para seus estados e cada um dos trabalhadores, ativistas de movimentos populares retomam as inúmeras lutas que vêm realizando. Entre elas, a mobilização contra o veto do governo Lula ao fim do fator previdenciário e ao reajuste de 7,7% dos aposentados, a defesa dos servidores públicos que estão em greve contra o congelamento de salário por dez anos, as tantas categorias de trabalhadores e estudantes que estão em luta e os movimentos populares que mantêm seus enfrentamentos em defesa de moradia e melhores condições de vida.

Delegações internacionais - Um dos pontos altos do Congresso, em sua abertura, foi apresentação das delegações internacionais com a presença de 120 convidados, representado 26 países. Entre eles, Grécia, Itália, Espanha, Portugal, Alemanha, Suíça, Rússia, Japão, Estados Unidos, México, Haiti, Honduras, Costa Rica, Argentina, Bolívia, Venezuela e diversos países da América Latina. Após a saudação dos reprsentantes dos servidores públicos da Grécia, Sotiris Martalis, e do Haiti, Didier Domenique, o Hino da Internacional Socialista foi cantado em diversos idiomas emocionando a todos, que mantiveram os punhos cerrados, e encerraram a abertura com uma salva de palmas.

Após esse momento houve a apresentação de 22 teses. O primeiro dia dos trabalhos deu a tônica da movimentação e do desenvolvimento das polêmicas de maneira extremamente democráticas que ocorreriam até o seu encerramento no dia 6, último dia do Congresso Nacional da Classe Trabalhadora. No domingo, além do debate em grupos na parte da manhã, teria a tarde dedicada ao debate e aprovação das resoluções.

Domingo (6) - Ao final dos debates em grupos, na plenária final, as votações também ocorreram em meio a intensos debates. Diversos pontos foram aprovados. A primeira resolução aprovada foi sobre a situação internacional e nacional e um plano de ação que responda aos ataques feitos recentemente aos salários e direitos dos trabalhadores no Brasil. Além disso, fortalecer uma unidade internacional nas lutas, já que em diversos países os ataques são os mesmos, principalmente aos servidores públicos e aposentados.

Também foi aprovada a criação de uma nova entidade que aglutine os setores sindical, popular e estudantil. Havia duas outras propostas que foram derrotadas: a de uma central somente de trabalhadores, ou seja, que organizasse somente os sindicatos e a proposta de central sindical e popular, mas sem as representações dos estudantes. Porém, reconhecendo a centralidade da classe operária, os delegados aprovaram a representação estudantil e dos setores de luta contra a opressão na nova entidade, com o limite de 5%.

Sobre a forma da nova secretaria executiva nacional, a proposta aprovada foi 27 membros titulares e 8 suplentes, além de um Conselho Fiscal com 3 titulares e 3 suplentes. A Conlutas havia proposto a quantidade de 25 membros titulares e 8 suplentes, mas chegou-se a um acordo em torno da proposta da Intersindical.


O novo nome da entidade foi a principal polêmica ocorrida naquela tarde. Havia originalmente três propostas: Conlutas-Intersindical, Cocep e Ceclat. O nome “Conlutas-Intersindical” foi proposto pela Conlutas, “Ceclat” foi proposto pela Intersindical e outros setores. O MTL, outra organização que compôs o congresso, propôs o nome de “Conlutas-Intersindical – Central Sindical e Popular”, o que foi defendido pela Conlutas. O resultado dessa votação atingiu 2/3 do plenário, com vitória para a proposta do MTL e Conlutas.

Mesmo reconhecendo o resultado da votação a Intersindical, a Unidos pra Lutar (CST) e Movimento Avançando Sindical (MAS) abandonaram o congresso desrespeitando a vontade dos milhares de delegados presentes.

Existia um amplo acordo de formar uma central que fosse uma alternativa às centrais governistas, que respondesse as demandas de lutas imediatas dos trabalhadores, já não garantidas pelas outras centrais.

Com o critério do respeito às deliberações das instâncias de base, durante a organização, após várias reuniões, chegou-se ao acordo entre todas as forças que participavam da preparação do Congresso de que as diferenças que existissem deveriam ser decididas no próprio congresso pelos delegados eleitos pelos trabalhadores em suas categorias. Ou seja, as diferenças seriam remetidas diretamente aos cerca de três milhões de trabalhadores que estavam representados naquele congresso.

Composição da Nova Central – Após a ruptura dessa entidade, as entidades e movimentos que permaneceram propuseram ao plenário ratificar todas as votações que haviam ocorrido e definir uma direção provisória com 21 nomes para funcionar para encaminhar os próximos dois meses, quando haverá a primeira reunião da coordenação da nacional. Neste período retomará a relação com as organizações que romperam para chamá-las a repensar a atitude e recompor a unidade desse movimento. As duas propostas foram aprovadas.

BALANÇO DO CONCLAT

terça-feira, 8 de junho de 2010

SELEÇÃO ARGENTINA: ENTRE O CETICISMO E A ESPERANÇA


COMO O JOGADOR DIEGO MARADONA FOI BRILHANTE EM SEU AUGE, MAS COMO TÉCNICO DA SELEÇÃO...

Falta pouco para o inicio da Copa do Mundo. E o estado de ânimo dos argentinos fanáticos por futebol (neste caso, a maioria do país) encontra-se numa grande contradição. De um lado, o ceticismo gerado pela atuação débil da seleção argentina nas eliminatórias e pela classificação muito apertada e sofrida na ultima partida. De outro, a esperança numa equipe formada por alguns dos melhores jogadores do mundo, na expectativa de esta atinja seu objetivo e ganhe uma nova Copa após 24 anos.

No meio destes sentimentos contraditórios se encontra o técnico da seleção, Diego Maradona. Os argentinos amam o Diego como jogador, pois seu nome esta relacionado aos melhores momentos do futebol argentino: a Copa de 1986 e os dois gols contra os ingleses, um deles fazendo uma malandragem com a mão e outro fazendo uma malandragem com o pé, deixando uns seis jogadores ingleses no chão. – Quatro anos depois de a Argentina ter perdido a guerra das Malvinas para a Inglaterra, Maradona deixa seis jogadores da seleção inglesa no chão. Foi como dar o troco – Diego passou a ser considerado um deus. Hoje, tem até uma igreja em homenagem ao craque que leva o nome de Maradoniana!

Já guando se faz referencia ao técnico Maradona, a opinião muda muito: a grande maioria, dos torcedores, acha que ele não vai render no posto. E as razões são profundas. Como jogador Maradona teve uma careira brilhante e cheia de êxitos, baseadas em dois pilares: sua indiscutível qualidade e sua força (sua vontade de ganhar, nascida de sua origem muito humilde num dos bairros mais pobres da grande Buenos Aires). Isso foi suficiente para torná-lo o melhor jogador da Argentina e um dos melhores do mundo.

Ma ele nunca deu muita importância as questões técnicas ou táticas que fazem o funcionamento de uma equipe. Não eram necessárias para ele. Mas agora, como técnico, essas virtudes se transformam em defeitos. Suas orientações são mais morais do que técnicas, como ele disse a Messi: “você tem que levar seu time nos ombros”. Ou a disser a Palermo que “decida a partida” contra o Peru pelas eliminatórias. O resultado é que não se pode saber o que joga a seleção. Sem duvidas, o jogadores rendem menos com ele do que nas suas equipes européias.

Funcionários grevistas invadem reitoria da USP após corte de salários



Um grupo de funcionários da USP (Universidade de São Paulo) invadiu, por volta das 10h desta terça-feira, o prédio da reitoria da universidade em protesto contra o corte dos salários de alguns funcionários que aderiram a greve. De acordo com o movimento, os manifestantes devem permanecer no local até que os pagamentos sejam feitos.

Segundo Magno de Carvalho, diretor de base do sindicato, cerca de 1.000 funcionários foram afetados pelo desconto, sendo em sua maioria da prefeitura e do Coseas (Coordenadoria de Assistência Social). De acordo com o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), há cerca de 500 manifestantes no interior do prédio, sendo cerca de 100 alunos favoráveis a paralisação dos funcionários.

Carvalho afirmou ainda que esses mesmos funcionários já sabiam que o pagamento, que deveria ter sido feito ontem, poderia não acontecer, uma vez que os holerites foram acessados eletronicamente por eles na semana passada. "A violência maior foi da reitoria que cortou salários dos funcionários e deixou pessoas passando fome", completou ele.

Procurada pela reportagem, a assessoria da reitoria confirmou a suspensão do pagamento dos funcionários em greve, mas destacou que a medida atinge todos os setores da universidade. O órgão ressaltou ainda que a medida já tinha sido anunciada no mês passado.

Greve
Iniciada em 5 de maio, a greve dos trabalhadores da USP reivindicava inicialmente aumento salarial de 16% e mais R$ 200. O Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) já incorporou reajuste de 6,57%, mas a categoria ainda reivindica a isonomia salarial com os professores, que já tinham recebido reajuste de 6% anteriormente.

Os outros itens reivindicados pelos funcionários devem voltar a ser discutidos no segundo semestre, de acordo com o sindicato.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/saber/747254-funcionarios-grevistas-invadem-reitoria-da-usp-apos-corte-de-salarios.shtml

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A coerência de Dunga na convocação da seleção


CONVOCAÇÃO BUROCRÁTICA FRUSTRA TORCIDA

Para a maioria dos amantes do bom futebol, o anúncio da lista de convocados por Dunga para a copa foi decepcionante. Avesso a ousadias, o técnico ignorou solenemente os apelos da torcida brasileira por Ganso e Neymar.

Em entrevista coletiva, Dunga repetiu inúmeras vezes a palavra “coerência” para explicar a não-contratação dos meninos de ouro da Vila Belmiro. Disse que eram muito novos e que “não houve tempo para testes”.

Por outro lado, a escalação de Kleberson, reserva do flamengo, e Grafite, que atuou em apenas um jogo e não mostrou muita coisa, contradizem toda a coerência lógica do treinador. Portanto, diferente do que diz Dunga, não foram convocados apenas aqueles que ralaram.

Coerência seria convocar os dois maiores craques em atuação no país. Dois jogadores que junto com Robinho, exibem uma fabulosa (e rara) sintonia no ataque do Santos. Futebol é exatamente essa combinação da genialidade do boleiro, seu domínio dos fundamentos, com a mais perfeita sintonia dentro da equipe. Isso é precioso, mas só funciona quando treinadores têm a sensibilidade necessária e bom senso de oportunidade, o que é o oposto da teimosia.

Um jornalista criticou a falta de ousadia do técnico Dunga, dizendo que Pelé não seria convocado em 1958 se Dunga estivesse no lugar de Vicente Feola. Mas a questão não se resume a falta de ousadia. É bem provável que a genialidade dos dois jovens craques não foi páreo para enfrentar o poderoso lobby empresarial de muitos atletas que atuam no exterior. Vinte dos 23 convocados não jogam no Brasil. Esse perfil estrangeiro dificulta, inclusive, qualquer elo com a torcida.

A convocação também ameaça a seleção de não ter um meio de campo digno. Um problema que tivemos na copa de 1994, quando a falta de rendimento de Raí deixou a seleção acéfala, sem um meia-armador. Ficamos com o futebol burocrático de Zinho, Mauro Silva, Mazinho... e Dunga.

Dessa vez, o perigo de Kaká se machucar ou não render o futebol esperado pode levar a uma situação semelhante. “Mas ganhamos mesmo assim”, disse Dunga. Infelizmente, a situação hoje é pior do que em 94. Dessa vez, não temos a genialidade dos pés de Romário e Bebeto, na época veteranos que carregaram a seleção nas costas.

O que vai fazer dunga caso seja necessário substituir Kaká? O mais provável é que o treinador opte por Junior Batista, reserva do Roma, ou faça um improviso de laterais com volantes, descartando definitivamente um meia-armador de verdade.

Dunga esta certo em cobrar raça e compromisso dos jogadores da seleção. Mas só isso não afasta o fiasco de 2006. Esperamos que a seleção apresente na Copa um futebol livre das limitações de uma estratégia burocrática, mecânica, defensiva, tão a gosto das escolas européias.

*De Jeferson Choma, da redação do Opinião Socialista.

terça-feira, 1 de junho de 2010

DCE/UFMA desfilia da UNE no Congresso de Estudantes (CEUFMA)


Na noite do dia 07 de maio deste ano, encerrou-se o Congresso dos Estudantes da UFMA (CEUFMA), fórum máximo de deliberação dos estudantes da UFMA. Essa edição contou com a participação de estudantes dos campi do interior do Estado (Codó, Chapadinha e Imperatriz).


Foram três dias de intensos debates, junto a diversos movimentos sociais (MST, MUDS, Quilombo Urbano), centrais sindicais (Conlutas e CTB), além do diretor de comunicação da UNE e Camila Lisboa da Comissão Executiva Nacional da ANEL.


Os principais reclames dos estudantes, diante de um cenário que tende a piorar por conta do inchaço na Universidade, foram direcionados às salas superlotadas, à falta de professores, aos coletivos lotados, à falta de restaurante universitário (nos campi do interior) e ao leilão de vagas que foi o ENEM. Cenário, esse, muito parecido com o nosso (UFRN).

O ponto alto do CEUFMA foi quando da proposta de desfiliação do DCE da UNE, proposta apresentada na tese “Nada Será como Antes” e defendida fortemente pela base que reconhecia a existência da ANEL.


Por ampla maioria dos votos, o DCE/UFMA desfiliou-se da UNE. Essa resolução causou muita alegria no conjunto dos estudantes que lá estavam. Esse é o resultado, e demonstração, do descrédito dessa entidade perante a juventude. A data das eleições para o DCE, também votada no Congresso, será dia 15 de Junho.

Leia mais em: http://anelivre.blogspot.com/